quinta-feira, 28 de junho de 2012

Família


Hoje cedo assistindo ao programa Mais Você onde Murilo Benício falava sobre seu personagem “Tufão” e sua família “buscapé” na novela “Avenida Brasil” me diverti muito e viajei no tempo relembrando minha infância em casa com meus pais, minha irmã, depois com meus filhotes, minhas férias na casa dos meus avós junto com meus primos nossa, éramos muito felizes e não tínhamos noção da importância de todos aqueles momentos de alegria que vivemos juntos.

Quando era pequena adorava sentar no colo do meu pai para tomar às refeições e comer tudo que ele comia, não dava sossego para ele (risos).
Ele gostava de uma mesa farta e minha mãe caprichava fazendo os gostos dele com suas comidas preferidas mas sempre tem um mas não é mesmo?
Não combinavam na carne vermelha que minha mãe sempre teve horror, não comia de jeito nenhum e meu pai adorava um belo bife acebolado que eu também adoro mas igual o da minha mãe ninguém faz, que saudades mãe de você e do seu bife viu?

Acho uma delícia sentar à mesa com a família onde cada um conta uma novidade, uma piada, um causo e as vezes até acontecem uns ti ti ti’s mas sempre há um meio de contornar e voltamos ao papo descontraído.

Quando nas férias íamos para Minas rever a família era uma delícia porque tanto meu pai como minha mãe tiveram muitos irmãos que tiveram muitos filhos, era uma festa, qualquer lanche era um grande evento sempre no mínimo umas vinte a trinta pessoas reunidas, crianças correndo, brincando, música na “vitrola” , às vezes até um bailinho e o papo ia longe.

Lembro na casa da minha avó Ignácia em São Sebastião do Paraíso que naquela época era mesmo um paraíso havia na cozinha uma mesa rústica enorme com um banco de cada lado, fogão à lenha , ali nos sentávamos para as refeições, até hoje sinto o cheiro do feijãozinho dela, que delícia gente! Ela fazia um pepino “batidinho” vocês sabem como é? Você lava bem o pepino, tira as pontas e esfrega bem para tirar sei lá o que e depois bate a faca e vai cortando bem miudinho, faz aquele temperinho com salsinha, cebolinha, limão e azeite nossa, é uma delícia, e tudo fresquinho vindo diretamente da roça tem outro sabor e naquela época também sem produtos químicos que hoje infestam todas as fazendas produtoras.
Para beber era laranjada, limonada ou refresco de groselha que amo até hoje mas que também não tem mais o mesmo sabor, tudo mudou.

E as carnes de porco que eram conservadas nas latas com a banha? Quem não viveu ou conheceu as Minas Gerais de antigamente não tem noção do quanto era bom e a comida deliciosa.

Na época as ruas ainda não tinham calçamento, eu com meus primos, amigos adorávamos brincar descalços na enxurrada aliás até hoje eu adoro fazer isto e já fiz com Joaninha que também adora uma bagunça.

Mas como tudo na vida o tempo vem e vai levando nossos entes queridos, a família encolhe, alguns não fazem mais questão de curtir seus familiares e se afastam o que é uma pena pois teríamos muitos momentos mágicos para recordar mas ainda bem que tem o grupo que faz questão de estar junto e preservar o amor entre familiares que para mim é tudo de bom e muito importante.

Quem ainda tem seus familiares por perto sugiro que aproveitem porque o tempo voa, não perca as oportunidades de estar perto de cada um deles para que possa guardar no seu coração os momentos maravilhosos que só a família nos proporciona.
Um lindo dia para todos.

Foto: GOOGLE

5 comentários:

Emília Pinto disse...

E este teu post me fez voar atrás no tempo em que vivia na aldeia onde nasci; as ruas eram assim mesmo e era deliciosao brincar na rua de pés descaços e sem medos. família grande eu não tive; eramos só 4, embora o meu pai tivesse muito irmãos, não havia muita convivência; mas havia os vizinhos que, nas aldeias ( roças) eram como família e que, no meu caso supriam a falta de uma grande família. Agora, esse sentido de família perdeu-se, mas eu continuo a dar-lhe muito valor e fiz questão de incutir isso nos meus filhos. Hoje, tenho o prazer de os ver adultos e a incutir esse sentimento aos filhos. Amanhã vou para o Douro, onde mora o meu filho ( longe de cá) só para assistir à festinha da escola dos meus netinhos; o Lucas ( 5 anos ) perguntou ao pai se nós íamos e, claro não poderíamos faltar. A pequenina ( 2 ), Eduarda também vai ficar feliz por nos ver. Não quero faltar precisamente para que os meus netos aprendam a dar valor à família e esta é uma das maneiras de lhes transmitir isso. Um beijinho, amiga e fica bem. Parabéns pela mensagem que, através do teu texto transmitiste a todos.
Emília

Unknown disse...

Eu sei o que é família, sei o que é roça, tacho de banha com pedaços de carne, fogão de lenha. Nasci e fui criado no Rio, mas nas férias íamos pra S. Lço, pra casa dos avós, dos tios, brincar de lama, andar a cavalo e outras peraltices com os primos. Muitos já se foram, outros não convivem muito, mas minha mãe agora é o eixo e o núcleo já estã bem grande também. Muito bom termos esses momentos pra lembrar. bjs

Cristina disse...

Que belas lembranças amiga! Eu também as tenho e guardo em meu coração. Graças à Deus que tivemos a oportunidade de ter uma família assim. Um grande abraço!

Vera do sullllll disse...

Olá!
Lindo que vc escreveu e recordou... A minha famíia é pequena, minha mãe teve 4 filhos mas os seus outros 11 irmão todos tem muitos filhos...8, 10, 12 ... e era muito semelhante ao que vc descreveu. Nas nossas férias passávamos na casa da minha vó LUCIA e era, como toda boa italina uma excelente cozinheira auxiliada por duas senhoras que ajudavam na produção de queijo, salame , copa...e no pão caseiro..( que eu não gostava) tinha muito ovo....
Hoje eu procuro reunir meus parentes mais chegados, irmãos cunhadas e cunhado.. ADORO Mas não sei por quanto tempo... os filhos olham com nariz torto e não querem ser encomodados nos seus programas.
É a vida é vai e vem, mas tudo mais VAI do que VEM
Bjs

Rosana Soares Brigagão disse...

Boa noite queridas Emília, Hermínia, Reg, Cris e Vera pelo que vejo todas nós temos os mesmos sentimentos com relação aos nossos laços familiares que são tão importantes para qualquer ser humano e passá-los para nossos filhos melhor ainda que mesmo aqueles que não curtam neste momento um dia, verão o quanto isto é importante para a vida deles.
Tive pais maravilhosos, infância idem da qual tenho lindas recordações, vamos nós curtindo pq é uma delícia, tem mta gente que não pode dizer o mesmo então temos que agradecer a Deus por tudo que tivemos e ainda temos.
Grande beijo, linda noite para vocês.